sábado, 5 de julho de 2014

Aqui, longe do Éden

Os meus olhos seguem as aves
pedindo-lhes boleia
para o meu íntimo suplicante.
Estou para lá dos vales
moro em todo o mundo
e albergo uma alma questionante.
Sabes por onde andei?
Matando a sede inocentemente
em águas salgadas de mundos distantes
ouvindo canções de busca
desta estranha pergunta que me ensombra a vida.
Pois não passo de um nómada
seguindo as miragens
as lendas que falam de um oásis
trazendo comigo esta coisa incerta e guardada,
que me fere a alma
e me molda a vida.

São longos os dias
e tão breves os anos.
Ainda agora nasci.

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