Apareçam para dois dedos de conversa!
segunda-feira, 5 de julho de 2021
Apresentação do livro "Deste Silêncio em Mim"
quinta-feira, 1 de julho de 2021
Bonita opinião do canal do YouTube "M João Covas Livrosgosto"
Bonita opinião da poetisa Valetta no facebook
Poetisa Valetta Stein escreveu:
Admiro, para sempre, este jovem... tão adulto na dor. Como o compreendo...!
Merece o sucesso e o reconhecimento.
A ele (um amigo), muitos parabéns!
Entrevista ao Grupo "O que é PORTUGUÊS é BOM!", do Facebook
https://www.facebook.com/groups/443681989867935
1) O que é, para si, escrever?
É uma
necessidade interior de criar e de me reinventar. Certamente idêntica às dos
pintores, dos escultores, dos músicos, de todos os criadores de arte. Não é um
hobby, pois causa alguma angústia e é um processo muito solitário. Mas creio
que o destino de um escritor é ateimar até morrer. Ateimar nas palavras em
busca de mais um livro. Será assim até ao fim.
2) Quando percebeu que queria ser escritor?
Desde
jovem que sonhava um dia escrever romances. Mas não era uma necessidade
interior. Só se manifestou essa necessidade após o suicídio do meu irmão Tózé,
em 2012. Quando o Sol Brilha resultou
da urgência de falar da perda de alguém que amamos. Como uma espécie de
absolvição ou de redenção. Eu amava muito o meu irmão, tínhamos quase a mesma
idade e costumávamos dizer que éramos gémeos com catorze meses de diferença.
Era o meu melhor amigo, o meu confidente. Hoje, todos os meus livros são para
ele. Pois eu sei que ele está algures no silêncio. Sinto-o muitas vezes comigo.
Os irmãos nunca deixam de existir.
3) Escreve apenas pelo prazer da escrita (se depois for publicado tanto melhor) ou já com o objectivo de publicar o livro?
Escrevo,
não tanto pelo prazer, mas por essa necessidade interior. E, quando escrevo, não
penso na publicação. Vou construindo o rascunho ao sabor das palavras, sem
saber se tem ou não valor. Só quando o termino, e deduzo que possa valer a pena
ser publicado, me preocupo então em fazer uma revisão o mais séria possível,
por respeito aos eventuais leitores. Nessa fase, sim, começo a pensar numa
hipotética publicação. Mas, enquanto escrevo, sigo apenas essa necessidade
interior de criar.
4) Sempre que começa a escrever um novo livro, de onde surgem as ideias?
Por
norma, surgem de um acontecimento simples. No “Quando o Sol Brilha”, lembro-me
de ter ido ao Gerês com a minha mulher e os meus filhos e de, a certa altura, ao
olhar para o horizonte, me ter convencido de que tinha avistado os garranos
selvagens, que tanto queria ver. Mas foi apenas uma visão. Uma simples ilusão
de óptica. Por sorte, dois dias depois, acabei por conseguir vê-los e ficar
maravilhado. Mas fixei essa ideia, a de ter visto primeiro os cavalos na minha
imaginação. E daí o velhote do meu livro, que via cavalos que mais ninguém via.
No “Dei o Teu Nome às Estrelas”, tudo começou quando li um artigo, que falava
dos quadros desaparecidos do pintor José Malhoa. E imaginei um quadro que ele tivesse
pintado e que se tivesse perdido no tempo. Depois, como ele viveu cinquenta
anos aqui em Figueiró, onde inclusive morreu, percebi que era sobre isso que
queria falar. Dele e da sua amizade com Manuel Henrique Pinto, uma amizade
quase lendária na minha terra, neste confim do mundo, de infinita beleza e
triste. No “Deste Silêncio em Mim” tudo começou quando vi um vídeo de um grande
amigo meu, tocando tambor para a montanha. Sozinho, tocando para os ancestrais,
sabendo que eles o escutavam. Creio que isso é um bem inestimável, saber que
Deus está em tudo o que existe e que a morte não é o fim. Que a alma é apenas
energia condensada, que se liberta quando morremos, para se fundir com o
Universo. E esse panteísmo fascina-me, o sermos partes de um todo universal,
presente na natureza e em todas as formas de vida. Nesse dia, onde outros viram
um vídeo, eu vi um possível livro.
5) Descreva-nos, por favor, um pouco o seu processo de escrita.
Confesso
que é um pouco lento. Infelizmente, nunca senti um “cataclismo da alma”, como o
que atacou Gabriel Garcia Marquez
antes de escrever o Cem Anos de Solidão.
Não tenho esse dom. Sei que nunca o terei. Sou apenas uma pequena migalha na
Literatura, que tem de trabalhar muito mentalmente, para construir textos que
justifiquem a eventual publicação do que escreve. Daí que, até agora, só tenha
publicado livros de três em três anos. Normalmente, escrevo à noite, quando o
silêncio é mais abundante. Tenho a sorte de viver numa aldeia, que me
proporciona essa tranquilidade. Mas o meu processo de escrita é realmente lento.
O primeiro capítulo é sempre uma luta. Escrevo-o e reescrevo-o várias vezes.
Por vezes, deixo-o mesmo para mais tarde, e dou por mim a escrever o segundo,
terceiro, quarto capítulo. Mas eu creio que o mais importante é irmos
escrevendo. E encararmos cada capítulo como parte de um todo.
6) Faz planos antes de começar a escrever um livro?
Planos
escritos ou esquematizados, não. Mentalmente, sim, um pouco. Mas já sei que, a
certa altura do rascunho, as personagens vão para onde querem. E eu gosto
disso, de o rascunho ir para onde tem de ir. A única coisa que respeito é a mensagem
base. Acho que isso é fundamental. Mas gosto das ideias que vão surgindo. Do
não estar fechado em ideias estanques.
7) Quanto tempo leva a escrever um livro?
Cerca
de sete-oito meses. Depois, mais três ou quatro a trabalhá-lo. Apesar de já ter
58 anos, não tenho pressa. Não sinto essa sofreguidão de ver livros publicados.
Por exemplo, agora estou de volta de um rascunho, e passo dias a pensar mais
nele do que a escrevê-lo. Apesar de já ter partes escritas, ainda estou a
tentar integrar-me naquele espaço, naquele tempo. O “estar lá”, e viver como
que uma vida paralela, faz-me andar nas ruas distraído. Acho que a minha
família e as pessoas da minha terra já estão habituadas a ver-me assim, a
pensar num rascunho e com a cabeça no ar.
8) Quando a história se desvia do plano inicial, pode obrigar a rever e reescrever partes. É mais difícil reescrever ou escrever pela primeira vez?
É mais
difícil escrever pela primeira vez. Criar será sempre mais difícil do que
aprimorar. Talvez por isso, reescrever certas partes dá-me até algum prazer,
como se fosse um pintor retocando um quadro. Mas esse reescrever é também uma
oportunidade de reflectir sobre partes do texto, tendo sempre presente que, por
vezes, é preciso apagar muito do que se escreve. Que isso faz parte do
processo.
9) Sente que as personagens lideram o processo de escrita? Ou é da total responsabilidade do autor?
Como
já disse anteriormente, as personagens, a certa altura, parecem soltar-se. Pode
parecer estranho para quem não lê, ou lê pouco. Mas, para os leitores que leem
muito, esta é uma verdade que facilmente aceitam. Às vezes, até parece que
certa personagem contradiz o que dela se escreveu anteriormente. Mas as
personagens são como nós, que também mudamos consoante a vida. E, nestes meus cinquenta
e oito anos, já vi muita gente forte que se perdeu, e muita gente frágil que se
agigantou. Na verdade, só sendo postos à prova percebemos a nossa força ou as
nossas fraquezas. Assim são, muitas vezes, as personagens dos livros.
10) Vamos ter livro novo? Se sim, para breve?
Para
qualquer escritor, há sempre um manuscrito que se está a escrever. Mas escrever
não significa necessariamente publicar. Sobretudo no meu caso, que não sei o
que é ter um best-seller. Não tenho essa garantia, esse horizonte. Ainda assim,
só tentarei publicar um novo livro se estiver satisfeito com o rascunho. E sei
que, mesmo após a sua conclusão, dependerei muito da mestria de quem o vai
editar. Por exemplo, o ”Deste silêncio em Mim” foi decisivamente melhorado pelo
Rui Miguel Almeida, editor da Visgarolho. Além de um incrível leitor e de um
grande escritor, o Rui é um extraordinário editor/revisor. Sem ele, o livro não
teria a mesma qualidade.
Mas
não, não tenho prazo para um novo livro. Acontecerá quando tiver de acontecer.
11) Quais são os autores que o inspiram?
Muitos.
Mas posso indicar alguns. Como Gabriel Garcia Marquez. Cem Anos de Solidão e Amor
nos Tempos de Cólera exercem um grande fascínio sobre mim. Grande parte dos
seus livros, bem como Llano em Chamas
e Pedro Páramo, de Juan Rulfo, percursor
do realismo mágico, são dos que mais reli até hoje. Gosto também muito de Luis Sepúlveda
e de Primo Levi. Se Isto é um Homem foi
dos livros que mais me marcou até hoje, por todas as atrocidades que o ser
humano pode fazer ao seu semelhante. Noutro registo, admiro sobremaneira o Tolkien,
por todo o legendarium que criou,
desde o Silmarillion até ao Senhor dos Anéis. Dos autores portugueses,
os que mais admiro são Miguel Torga, Camilo Castelo Branco, Almeida Garrett, José
Saramago, Maria Judite de Carvalho, Alves Redol e Eça de Queirós. E tenho um
carinho especial por Júlio Dinis, pois foi o primeiro autor português que
“conheci” na minha juventude, e a quem gosto sempre de voltar. Dos
contemporâneos, admiro muito o Valter Hugo Mãe e o José Luís Peixoto. E estou
agora a descobrir a Célia Correia Loureiro, que acho que vai ter um grande
futuro. Mas ficam muitos por indicar, o que é sempre injusto. Ademais, também
gosto de outras formas de literatura. Como a banda desenhada, por exemplo. Sou
um grande fã do René Goscinny, co-autor do Astérix
e do Lucky Luke. Adoro aquele tipo de
humor.
12) O que gosta de fazer quando não está a escrever?
Ler,
passear, ver filmes e desporto na televisão, visitar os meus pais, ir à
Biblioteca Municipal. E adoro estar com a minha mulher e com os meus filhos.
Falamos e rimo-nos muito. Mas a maior maravilha da minha vida é brincar com os
meus netos.
13) O que é que os livros (os seus e os dos outros autores) lhe dão?
Dão-me
novos mundos e a possibilidade de viver mil vidas. O prémio de me maravilhar
com frases incríveis e de poder ler histórias fascinantes. A ventura de perceber
novas maneiras de pensar e a possibilidade de descobrir outras formas de ver o
mundo e a vida. No maravilhoso filme Shadowlands,
sobre C.S. Lewis, há nele uma frase muito bonita: “Lemos para sabermos que não
estamos sozinhos”. Um livro é sempre uma boa companhia.
14) Enquanto leitor, qual o seu género favorito?
Gosto,
sobretudo, de romances, de memórias e de biografias. Mas também gosto de
poesia, sobretudo a de Eugénio de Andrade e a de Sophia de Mello Breyner. Creio
que, sem me aperceber, todos os poemas que li desde os meus catorze-quinze anos,
me ajudaram a ter uma espécie de prosa poética. Dos muitos géneros que existem,
confesso que não sou grande fã de terror e de suspense.
15) Escreveria um livro de um género fora da sua zona de conforto? Um livro de ficção cientifica, por exemplo?
A meu
ver, e no que concerne especificamente à escrita, ficar na zona de conforto é
algo natural. Todos passamos anos, por vezes décadas, a criar o nosso estilo e
a nossa forma de estar e, abdicar disso, pode não ser benéfico. Hoje em dia,
fala-se da zona de conforto como se fosse uma coisa má ou impeditiva, como uma
espécie de fraqueza. Mas, se estamos bem e somos felizes assim, para quê mudar?
Nem todas as mudanças são salutares. No meu caso, gosto do que escrevo. Continuar
é o meu caminho. Mas compreendo que muitos autores precisem de novos desafios e
de novos horizontes. Admiro-os por isso. Mas, admirar uma pessoa, não significa
necessariamente que queiramos ser como ela.
16) Como é que os seus familiares, amigos e colegas de trabalho reagem a esta sua faceta de escritor?
Para
os amigos, acho que sou o cromo que escreve livros. Mas já não estranham. Sabem
que faz parte de mim, da mesma maneira que o meu jeito tímido e meio trapalhão.
Para a minha família, eu sou apenas o Rui. Eles sabem que o facto de escrever
livros não é o mais importante para mim. Que essa não é a melhor parte de mim. Na
verdade, tento apenas ser boa pessoa e ultrapassar os limites em que nasci. Os
meus avós eram lavradores e não sabiam ler. O meu pai foi um simples operário e
a minha mãe funcionária dos Correios. Pela lógica, eu nunca seria escritor.
Mas, tudo o que eles me ensinaram, com a sua sabedoria simples e repleta de
amor triste, é que fez de mim o que sou. Hoje, apercebo-me de que toda aquela
ternura e tristeza desaguam agora nos meus livros.
17) Para finalizar, fale-nos um pouco dos seus livros publicados. Qual é o seu favorito? Qual foi mais difícil de escrever?
Acho que não tenho preferências. Todos ocupam um lugar especial no meu peito. Talvez o mais difícil de escrever tenha sido o Quando o Sol Brilha. Era o primeiro romance e ainda procurava a minha voz. Espero tê-la encontrado.
· Como nota final, quero agradecer-vos, Maria João Covas e Maria João Diogo, por esta entrevista e por ser o autor do mês no vosso grupo. É uma honra muito grande. Sou uma pessoa simples, e gestos como estes agigantam-se dentro de mim como lendas inesquecíveis. E agradecer tudo o que têm feito pela Literatura e pelos nossos autores. São pessoas como vós, que me fazem acreditar na bondade e na generosidade do ser humano. Que valerá sempre a pena investir num abraço, como este que vos deixo.
domingo, 20 de junho de 2021
Linda opinião da leitora Sandra, no Facebook
Sandra Soares escreveu:
quarta-feira, 16 de junho de 2021
Uma bela opinião do blogue de referência "As Leituras da Fernanda"
https://as-leituras-da-fernanda.blogspot.com/2021/06/opiniao-deste-silencio-em-mim-de-rui.html
E é isso que me leva a ler Rui Conceição Silva. Os seus livros têm a nostalgia dos tempos idos, a voz das crianças de que todos fomos, e a saudade de um tempo sem fim.
Simultaneamente, o autor consegue abordar temas tão característicos da vivência portuguesa da segunda metade do século passado, o analfabetismo de quem trabalha os campos, sem necessidade de dar cor às letras, a simplicidade da vida, a pobreza extrema da gente que vive da terra, a imigração para as grandes cidades e a consequente desertificação do interior.
Está lá tudo. A história de uma família de pastores, pobre e humilde, e de um dos seus filhos que decidiu seguir o conselho do avó e procurar outras paragens. É também a história do homem que venceu na cidade, mas soube regressar à sua montanha em busca do perdão e encontrou uma vida mais simples e mais feliz.
A escrita de Rui Conceição Silva é uma delícia. Cada frase quase um poema. As suas personagens são infinitas. Dificilmente as esquecerei. Este é um livro que recomendo para uma leitura calma, num ambiente bucólico, com os pássaros a cantar e a ouvir o vento nas árvores.
Parabéns, Rui. Mais uma excelente obra!
P.S. Não posso deixar de mencionar a editora Visgarolho, da qual esta é a sua primeira publicação, e dar os meus parabéns pela excelência do seu trabalho.
terça-feira, 15 de junho de 2021
Uma bela opinião do blogue de referência "A Biblioteca da João"
http://abibliotecadajoao.blogspot.com/2021/06/opiniao-rui-conceicao-silva-deste.html
Quem procura um livro assente nas raizes portuguesas e rurais, este é o livro certo. Rui Conceição Silva faz aqui um retrato do Portugal profundo, recorrendo a uma escrita exímia. É um deleite de ler!
Rodrigo é um jovem habitante de uma aldeia perdida no nosso mapa. Vive com o seu avô, os pais e os irmãos numa casa bastante pobre, reflexo da vida simples que levam. O seu destino está, à partida, traçado: seguir os passos do seu pai e ser o próximo pastor da família. E assim será, quando faz 12 anos, o pai começa a transmitir-lhe os seus conhecimentos, de como e para onde conduzir o rebanho. Assim que Rodrigo toma a seu cargo esta tarefa, percebe o quão grande é o silêncio e o isolamento inerentes a esta profissão, mas que ele aceita por desconhecer as alternativas. Até ao dia... em que um estranho homem, com o seu tambor, toca para ninguém no meio das montanhas. Incutido pela curiosidade, Rodrigo aproxima-se deste estranho sucessivas vezes até chegar à fala com ele. Descobre então que o Sr. João vive na cidade mas é ali, no meio do nada, que comunica com quem já partiu, através do seu tambor. Será também o Sr. João a despertar em Rodrigo a necessidade de procurar outra vida. Face a certos acontecimentos trágicos, Rodrigo decide largar tudo e rumar ao desconhecido, para a cidade grande. Mas será ele mais feliz no meio do barulho, do movimento, das pessoas que não se conhecem ou na “sua” montanha, embora totalmente isolado, mas acompanhado dos seus silêncios?
Este é um livro para ler devagar, porque a escrita assim o exíge. Exige ser apreciada! Cada frase foi meticulosamente construída, para formar um todo quase poético. Achei-a de uma beleza impar e que dá gosto ler. Se a forma é fantástica, o conteúdo não o é menos. Acredito que este tenha sido o retrato de vida de uma ou duas gerações atrás, os avós de hoje que nasceram nas lindas aldeias do nosso país mas que sentiram o apelo das cidades, acabando por contribuir para a desertificação do interior.
É uma história de vida, real, sem contos de fadas nem finais felizes. É um exemplo de vida de quem teve de deixar famílias para trás em busca de um sonho, que sofreu a distância e a culpa da ausência, em busca de melhor. Uma história muito verdadeira!
segunda-feira, 14 de junho de 2021
Bonita opinião da leitora Célia, no Goodreads
Célia Gil escreveu:
domingo, 13 de junho de 2021
Uma bonita opinião do blogue "Caderno Diário"
https://elsafilipecadernodiario.blogs.sapo.pt/quando-o-sol-brilha-46935
Conta a história de Felismino, o pai, e de Edmundo, o filho, e da família e das pessoas da aldeia. Fala-nos de um Portugal interior, um Portugal dos anos 60 e 70.
E conta-nos as desgraças sucessivas a que aquela família é sujeita, como lidam com elas e como depois de estarem quase a cair no abismo, se conseguem recuperar. O final não é um final feliz, porque faltam ali pessoas muito importantes. Edmundo e a mulher perderam um dos seus maiores bens e têm o coração destroçado, mas olham para o futuro que podem dar aos outros filhos, querendo sempre o melhor para eles.
É uma história comovente e ontem, quando lia uma das partes mais trágicas da história, dei por mim no parque do hipermercado, dentro do carro a chorar copiosamente. São assim os bons livros, trazem ao de cima as nossas emoções e ajudam-nos a lavar a alma.»
sábado, 12 de junho de 2021
Uma opinião menos positiva, do blogue "Por detrás das palavras"
https://pordetrasdaspalavras.blogs.sapo.pt/?skip=50
sexta-feira, 4 de junho de 2021
Apresentação do livro "Deste Silêncio em Mim"
quinta-feira, 3 de junho de 2021
sexta-feira, 28 de maio de 2021
terça-feira, 23 de março de 2021
Uma bonita opinião, na Wook

domingo, 21 de março de 2021
Sugestão de leitura das Bibliotecas Escolares AE Albufeira
https://biblioaealbufeira.blogspot.com/p/viajar-nos-livros.html
terça-feira, 16 de março de 2021
Uma bonita opinião, no instagram

sábado, 13 de fevereiro de 2021
Artigo do blogue Terras da Ribeirinha, sobre o livro "Crónicas d'um Tempo" do meu saudoso irmão TóZé
https://terrasdaribeirinha.wordpress.com/2021/02/13/cronicas-dum-tempo/
Crónicas dum Tempo é o título de um livro composto por dezenas de crónicas, publicadas em vida pelo autor na comunicação social e editado pelo seu irmão, Rui Conceição Silva, em Dezembro de 2012, da autoria de Tozé Silva, ilustríssimo “filho” de Figueiró dos Vinhos.
António José da Conceição Silva e Lima, de seu nome completo, mais conhecido como Tozé Silva, nasceu a 13 de Fevereiro de 1962 em Figueiró dos Vinhos, filho de Higino Silva e de Fernanda da Conceição Silva e faleceu a 9 de Outubro de 2012.1
Crónicas dum Tempo é composto por quase nove dezenas de textos que o autor publicou no jornal “A Comarca” de Figueiró dos Vinhos, onde mantinha uma crónica permanente, chamada “Miradouro da Comarca” e mais tarde renomeada de “Crónicas dum Tempo”. É precisamente este título que vem dar nome ao seu espaço na blogosfera:“Crónicas dum Tempo” (http://booklandia.pt/tozesilva/). Era através do seu blogue que Tozé Silva estabelecia um contacto interactivo para divulgar os aspectos relevantes do espaço territorial de Figueiró dos Vinhos, sobretudo os factos e os locais que fazem parte da história e da memória colectiva e de algumas figuras notáveis deste Concelho. Com estes textos mantinha activas as consciências da comunidade sobre os valores históricos e patrimoniais, capazes de projectar o futuro das gerações vindouras. Nas dezenas de textos que foi publicando fala-nos de quase tudo: da história, do património cultural, arqueológico e industrial; de pintura e de escultura; dos artistas (Simões de Almeida e José Malhôa); das histórias das ruas; das religiões; dos incêndios e dos bombeiros; dos lugares com memória, das Filarmónicas; das guerras e seus heróis; dos usos, costumes e tradições; da doçaria tradicional, etc…
Permitam-me que destaque uma das crónicas deste livro (páginas 222 a 224), a propósito de uma visita que a Al-Baiäz – Associação de Defesa do Património realizou ao Convento de Nossa Senhora do Carmo, em Figueiró dos Vinhos (http://www.albaiaz.pt/NA_22.pdf) e que teve como guia o Tozé Silva. O autor escreveu: “Na continuação do programa “Espaços do Sagrado” a Al-Baiäz – Associação de Defesa do Património visitou, no dia 21 de Janeiro [2012], o Convento de Nossa do Carmo de Figueiró dos Vinhos [fundado em 1598]. O objectivo desta Associação é dar a conhecer o património de vertente religiosa dos concelhos do norte do distrito de Leiria, a fim de o valorizar e realçar as suas mais-valias em termos históricos, arquitectónicos e culturais e contribuir para fomentar a importância da sua riqueza patrimonial, como contributo potencial para o desenvolvimento turístico da região.”
Nesta crónica, Tozé Silva revelava o seu sentimento e a sua enorme satisfação em poder colaborar na divulgação da história e do património da sua terra-natal, Figueiró dos Vinhos: “Nesta visita tive a honra de ser convidado pela Associação «Al-Baiaz» para guiar os visitantes que vieram de vários concelhos do distrito de Leiria.”
Sobre o livro Crónicas dum Tempo, é uma excelente recolha dos imensos trabalhos de investigação divulgados pelo Tozé e dados à estampa, postumamente, pelo seu irmão Rui Conceição Silva. A divulgação deste livro pelo Terras da Ribeirinha, hoje, dia 13 de Fevereiro de 2021, tem como principal objectivo relembrá-lo no dia em que completaria 59 anos. Aqui fica a nossa lembrança e a nossa humilde mas sentida homenagem ao Tozé, insigne investigador da história e do património da região do Norte do Distrito de Leiria.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2021
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Bonita opinião da leitora Delfina, no goodreads
Delfina Velez escreveu:
A capa e o título não se adequam ao conteúdo. Poderíamos pensar que é mais um daqueles livros receita, sempre mais do mesmo, ao jeito de Nicholas Sparks, mas não! Este livro merece uma leitura atenta. Rui Conceição Silva merece algum protagonismo por este trabalho. Aqui está a prova de que não se deve julgar um livro pela capa.sexta-feira, 12 de junho de 2020
Mensagem no Facebook

«Posso dizer que foi dos livros que mais gostei até hoje, por isso decidi que tinha que lhe escrever a dar os parabéns por tal obra. Deveras muito tocante e emocional! É bom saber que ainda se escreve como os grandes mestres do passado! Espero ler em breve o seu segundo livro.»
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Uma bonita opinião, da escritora Ana Simão

sábado, 16 de março de 2019
Bonita opinião da leitora Ana Paula, no Facebook
Este foi um livro que eu não só li, como saboreei as palavras!
Entrei dentro do livro e vivi com os figueiroenses, fui na embarcação com o Joaquim e chorei imenso.
Fui uma caminhante. Percorri todos esses caminhos... Que livro encantador!
Não se pode ler depressa para não se perder as palavras, nem os amigos.
Recomendo a todos os amantes de livros que não percam esta obra admirável aos nossos sentidos.»
Bonita opinião da leitora Sara, no Goodreads

terça-feira, 31 de julho de 2018
Uma bela opinião do blogue de referência "A Biblioteca da João"
Uma bonita opinião do blogue de referência "As Horas... que me enchem de prazer"
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Uma bela opinião, num blogue literário de referência "As Leituras do Corvo"

segunda-feira, 21 de maio de 2018
Uma linda opinião no Goodreads
«Que linda história de Amor, do século dezanove/vinte. Há mesmo muito tempo que não lia um livro tão ao estilo de Camilo Castelo Branco, e que bem que me soube.
Viajar por Figueiró pelo olhar de Joaquim Matheus, José Malhoa - sim, o pintor - e outras personagens que o autor tão bem colocou no enredo, foi uma bênção para a alma. Parabéns ao Rui Conceição Silva.»
quinta-feira, 26 de abril de 2018
Mais uma bonita opinião, no blogue de referência "Manta de Histórias"
«Será que alguém pode ficar apaixonado, só ouvindo uma melodia da voz, sem ver a pessoa em questão?... e daí nascer um amor para sempre?
É o que acontece à personagem principal deste romance. E pelo caminho da vida vai encontrando outras paixões. A paixão pelos rios, as montanhas, a natureza, os cavalos, a charrete, os empedrados da rua, os caminhos de terra batida, a arte... a paixão pela terra que o viu nascer.
Mas será que a terra que o viu nascer, também o verá morrer? Isso os leitores terão que descobrir.
Eu rendi-me a esta leitura. Apesar de ser muito descritiva, fiquei envolvida e a imaginar cada lugar, cada personagem.
É uma história que fará soltar algumas lágrimas, em quem formais sensível. Não chorei mas faltou pouco.
Ao começar a leitura parece que aborrece, lá pelo meio do livro fiquei deslumbrada, antes do final, esfriei, ao pensar comigo, qual será o fim? Se já não pode ser um feliz para sempre?
Mas estava totalmente enganada, de todos os livros que já li, este é o final que mais de acordo eu estou, e que dá um sabor muito especial à história.
Algumas partes da história roubaram-me alguns sorrisos, com palavras pouco usuais. Entre muitas aqui deixo uma, e, com ela, faço uma «brindadela» ao autor.
Fico com vontade de visitar os lugares descritos.
Uma bonita opinião do blogue 'Guerra dos Livros'

segunda-feira, 9 de abril de 2018
Mais uma bonita opinião, da escritora Letícia Brito

Outra linda opinião, do blogue de referência "O tempo Entre os Meus Livros"

Uma linda opinião, no blogue de referência "As Leituras da Fernanda"
Após ter ficado encantada com o livro "Quando o Sol Brilha", voltei a encantar-me com este "Dei o teu nome às estrelas". Dei por mim a passear por terras que descobri há uns anos e que em 2017 foram devastadas pelos incêndios. Figueiró dos Vinhos, Pedrogão Grande, Ribeira de Age, Fragas de São Simão, e por aí fora... Vilas, aldeias e lugares portugueses que pertencem a um mundo à parte, longe do rebuliço dos turistas e do litoral, representam o que Portugal ainda conserva de mais puro e genuíno..
E foi exatamente a pureza das terras e das gentes que conquistou igualmente os pintores José Malhoa e Manuel Henrique Pinto, adeptos do Naturalismo, ou seja, um movimento na Literatura e nas Artes Plásticas, que se traduz num radicalismo do Realismo, em que se dá mais importância à representação fiel da natureza em detrimento da imaginação ou criatividade.
(Não sou grande especialista em Arte, pelo que espero ter conseguido passar a ideia corretamente. Que me corrijam os entendidos no assunto, caso esteja para aqui a escrever disparates.)
Bem, para quem quer saber do livro em si, desenganem-se se pensam que tudo o que vos falei acima, contribui para o tornar maçudo ou desinteressante. Muito pelo contrário!É absolutamente maravilhoso, cativante e interessantíssimo. E a forma como o autor entrelaçou a vida de pessoas que foram reais com personagens ficcionadas, é fabulosa! Para além do mais, esta história está maravilhosamente bem escrita, com a fluidez característica do autor, sendo que os meus post-its levaram um grande sumiço graças a este livro. Podem ver o resultado: uma lombada colorida a anunciar as pérolas escritas por Rui Conceição Silva.
Resumindo, convido-vos a ler este livro de coração aberto, e a apaixonarem-se pela região retratada e pela escrita deste autor tão português.»
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Uma opinião muito bonita, na Wook
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Dei o Teu Nome às Estrelas
Sinopse:
«Em 1883, numa terra como tantas outras, perdida na imensidão das serras e longe dos olhares do mundo, vivia Joaquim, professor e narrador desta história, um homem sem alento, esperando por tempos que não vinham.
Contudo, nesse ano, chegam à terra duas pessoas que irão mudar a sua vida para sempre: José Malhoa e Manuel Henrique Pinto, semeadores de maravilhas. É com eles, e com outros caminhantes, que Joaquim encontrará o lado bonito da sua terra, qual paraíso escondido entre montanhas.
Um dia, ele escuta a voz de Olinda, a mulher que lhe seduz os silêncios e os sonhos, e fica preso a esse amor, o único que guardará eternamente.»