quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Bonita opinião no youtube, do canal de referência @mjoaocovaslivrosgosto
Assina: Maria João Covas
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Bonita opinião do escritor Joaquim Jorge Carvalho, no seu blogue "Muito Mar" e no facebook
https://muitomar.blogspot.com/2024/11/arvores-tombadas-de-rui-conceicao-silva.html
«Estou sempre a ler e, quando há, na secretária, vários títulos clamando a minha atenção, gosto de, tanto quanto possível, não me desviar dos livros já encetados. Às vezes, incumpro essa útil disciplina – por exemplo, quando deito os olhos aos primeiros versos de um livro de poesia ou à primeira página de um romance e me acontece o célebre enamoramento da literatura.
Aconteceu-me com o romance "Árvores Tombadas", de Rui Conceição Silva, um autor da minha geração, que talvez não receba, como tantos, a atenção que a sua qualidade literária justificaria.
Contada a várias vozes, a história fundamental do romance remete-nos para um mundo antigo, rural e marcadamente português, historicamente situado no Estado Novo, palco de uma vida geralmente dura (nomeadamente no que se refere ao povo mais humilde), com a omnipresença da pobreza, do desamparo, da fome e da repressão política e policial. Num lugar povoado de tipos populares, simples no pensar e no falar, mas profundamente carregados de humanidade, surge um elemento novo, cujo olhar sobre a terra servirá, aos leitores, de guia e de testemunho: na verdade, os olhos da jovem professora Estrela, que vem da “cidade grande” para aquele pedaço de “Portugal profundo”, serão daí em diante – em grande medida – os nossos olhos. E nossos também, naturalmente, os seus assombros, encantamentos, medos, choros ou prazeres.
É muito difícil parar de ler uma história de que, logo às primeiras páginas, nos tornamos cúmplices, familiares, íntimos. A narração, embora não disfarce a dureza e a crueldade dos factos relatados (até no vernáculo-calão eminentemente coloquial que, de quando em vez, emerge das falas das personagens), traz consigo uma espécie de melancólica doçura, como se a leitura fosse concomitante às vidas ali convocadas - mas, atenção, tudo isto muito longe da lágrima fácil ou sentimentalona. Há neste discurso narrativo, digamos assim, para além da construção pormenorizada de um microcosmos profundamente verosímil e, aqui e ali, brutal, a amável incorporação da ternura.
Não por acaso, aconteceu-me sentir, no final da leitura, saindo da narrativa, um perfume familiar, reconhecível, grato: era, digo-o agora, o eco formoso de Júlio Dinis, cujas histórias desde sempre me encantaram. Pergunta: que segredo há nas histórias que nos prendem, fascinam, conquistam?
[Durante anos, combatendo o preconceito, o menosprezo ou a indiferença da universidade perante Júlio Dinis, tentei perceber que poder encantatório era aquele emanando da sua escrita – e acabei, mais ou menos fatalmente, por dedicar um doutoramento ao estudo da sua obra, em particular aos seus romances e contos. Esse estudo culminou numa tese – mais tarde, publicada pela Ed. Caleidoscópio – intitulada "Acção, Cenas e Personagens na Narrativa Dinisiana: As Pupilas do Senhor Escritor".]
Em "Árvores Tombadas", há esse poder, sim. É o tal perfume (que, à falta de melhor palavra, chamarei “dinisiano”), isto é, essa arte muito complicada de bem contar uma história. Lendo-a, parecer-nos-á talvez que, dada a fluência e leveza do discurso narrativo, não se tratará decerto de trabalho complexo por aí além; ora, a isto de tornar “fácil” o que é consabidamente “difícil”, meus amigos, chama-se talento.
"Árvores Tombadas", de Rui Conceição Silva (Ed. Visgarolho, 2024) é um belíssimo romance, que agora celebro e recomendo.
Coimbra, 08 de Novembro de 2024.»
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Bonita opinião no blogue "A Biblioteca da João"
https://abibliotecadajoao.blogspot.com/2024/10/opiniao-rui-conceicao-silva-arvores.html
Maria João Diogo escreveu:
“Árvores Tombadas” marca o seu regresso e, mais uma vez, não desilude! Há duas características nos seus livros que adoro. Primeiro, a escrita, sempre cuidada, cada frase é um deleite de ler, apreciar e sentir. Depois a história, que nos oferece um pouco do nosso Portugal rural, neste caso, dos anos 40. A caracterização daquela época, naquele espaço é deliciosa. E ainda que eu seja e tenha sido sempre uma “menina da cidade”, adoro sentir esta nostalgia (e saudade!) associada aos meus avós paternos.
Esta narrativa dá-nos a conhecer Estrela, uma jovem professora que vai dar aulas para uma aldeia do interior de Portugal. A recepção a esta nova professora não é a mais calorosa, numa época em que ser mulher e professora, ainda para mais jovem, era quase um insulto. Estrela irá enfrentar, por isso, muitas situações desagradáveis, mas a sua paixão pelo ensino e a forma como se relaciona com as crianças rapidamente as cativam.
A elas e a Ricardo, filho de uma das famílias mais abastadas da região, com ideias um tanto contraditórias da maioria. A relação entre os dois vai ser construída com base no respeito mútuo, muito bonito de assistir.
E serão eles, Estrela e Ricardo, juntamente com uma terceira voz não identificada, os narradores desta história, que formarão o retrato daquela sociedade, dos acontecimentos trágicos que assolaram a aldeia, em particular das meninas Teotónia e Ritinha. A relação destas meninas com Estrela é o ponto alto deste livro. Adorei cada doce momento!
Se algo tenho a apontar a este livro prende-se apenas com as transições de vozes, principalmente entre Estrela e Ricardo, que não achei serem muito perceptíveis e que me provocou alguma confusão na leitura, principalmente ao início quando ainda os estava a conhecer.
Este facto não tira nenhuma qualidade ao livro. Adorei esta leitura, que me voltou a oferecer momentos de leitura de qualidade e que não posso deixar de recomendar!
Bonita opinião no blogue "As Leituras da Fernanda"
https://as-leituras-da-fernanda.blogspot.com/2024/10/mais-um-livro-excecional-pela-mao-deste.html
Fernanda Carvalho escreveu:
As palavras que lhe saem da pena são pura poesia e as histórias, ecos de um passado ainda tão presente.
Alternando o narrador conforme nos viramos para ouvir este ou aquele pensamento, é uma história de desamores, tristezas e mágoas, de vidas duras no Portugal profundo dos anos 40.
A riqueza da construção das suas personagens, faz-nos esquecer o destino, e obriga-nos a apreciar a viagem. Os acontecimentos sucedem-se, e o nosso coração reluz de nostalgia, senão por uma época, pelo menos por um lugar onde o céu era mais azul.
Foi uma leitura que me deu imenso prazer. As palavras de Rui Conceição Silva são palavras a não perder de vista.
Bem haja!»
segunda-feira, 21 de outubro de 2024
Bonita opinião no blogue, e página do Instagram, Biblioteca Mil
Mónica Mil-Homens escreveu:
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
Bonita opinião da escritora Valetta Stein, no Facebook
«Meu Deus! É só isto que a minha mente grita, depois de ter lido o teu livro, porque me levou às lágrimas. Eu, com os meus 71 anos pensava que além do livro "Depois do Baile", um conto de Liev Tolstói (Leon), não haveria mais nenhum que me tocaria a alma dessa forma. Estava enganada.
Como me apeguei á Teotónia... Deus do céu! Depois todo o enredo até ao fim foi uma ânsia de retornar a reviver aquela vivência que não me é desconhecida.
Como escreveste a certa altura (pág. 100): "... uma certa solidão que se apoderava de mim, sempre que a Teotónia me parecia triste."
Foi esta solidão que me acompanhou durante todo o livro. Isto é de elevada categoria, pois só os grandes escritores tocam o seus leitores desse modo. Os leitores deixam de ser, passam a ser.
Muito obrigada por isto, até pelas lágrimas.
A todos sublinharei a tua qualidade.
Tua fã e leitora. V.»
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Bonita opinião do leitor João, no Facebook
João Tavares escreveu:
Um misto de nostalgia, ternura, tragédia e superação. Um ótimo retrato de um povo do Portugal profundo dos anos 40, dos labirintos da vida que tanta vez é posta à prova.Um livro que nos faz refletir, sonhar, identificando-me com alguns aspetos e situações constantes no mesmo.
Para ler mais do que uma vez, sem dúvida! 😉
Os meus parabéns Rui Conceição Silva
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Bonita opinião da página "Literacidades", no Facebook e no Instagram
Ludgero Cardoso escreveu:
Conheci o livro quando mencionado como semifinalista do Prémio Oceanos de 2022. Sendo um dos prémios que mais respeito, comprei “Deste Silêncio em Mim” na primeira oportunidade.
A pobreza, a ida para a Guerra do Ultramar, a beleza da natureza e o meio rural vs meio urbano são o ponto de partida para o autor explorar a fundo dois temas: solidão e perdão. Sem querer estragar a experiência de leitura, e muito resumidamente, Rodrigo, nascido numa família pobre e criado para ser pastor, resolve mudar o seu destino. Até esse momento chegar, dá-nos uma vontade imensa de dar alento a essa pequena criança inocente que cresce rodeada de pobreza e perda. Em relação ao destino, será que vale a pena abandonar os nossos em prol de uma vida melhor? Bom, deixo-vos para descobrir!
Talvez pelo seu ritmo lento, não seja o livro mais indicado para um leitor menos experiente. Não é um livro com reviravoltas ou uma história surpreendente, mas antes um livro para se apreciar a escrita melancólica do autor, como quem sobe uma montanha e, lá no cume, observa tudo ao seu redor e respira profunda e lentamente, à semelhança do que muitos personagens fizeram. Diria que qualquer pessoa que tenha sido criada no campo e agora viva numa cidade, pode vir a gostar deste livro, porque muito provavelmente se vai identificar com algumas vivências dos personagens ou ver neles os seus avós e pais. É, claramente, uma ode à natureza e à ruralidade do nosso país!
Vou querer acompanhar o trabalho do autor e já estou de olho no seu recente romance, “Árvores Tombadas”, pois parece-me abordar também a subsistência da vida no campo.
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
Curta mas bonita opinião da leitora Ana, no facebook
Ana Santos escreveu:
Acabadinho de ler...Gostei muito do amor proíbido entre o professor Joaquim e a sua Olinda 💖 em Figueiró dos Vinhos.
Só gostava de saber onde ele deixou o seu gato quando decidiu ir conhecer outros lugares, continuar a ser caminhante...
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
Bonita opinião da leitora Rita, no goodreads
Rita Laranjeira escreveu:
Um livro sobre um homem que passa por uma série de momentos difíceis, duros, daqueles que atiram qualquer um ao chão, e como reage a tudo o que vai acontecendo. Um livro sobre uma família, os acontecimentos bons e os acontecimentos que abalam os alicerces.O início desta leitura foi um pouco difícil para mim, apenas precisei de tempo para me habituar à escrita. Foi apenas o início. Depois o livro envolve e só me fez querer saber mais e mais da história. Foi um livro que não me deixou indiferente aos assuntos abordados e me fez querer entrar no livro para ajudar a Lina e o Edmundo. Foi um livro que me deixou a pensar nos tempos difíceis vividos pelos nossos pais e avós.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Bonita opinião da leitora Beatriz, no goodreads
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
Bonita opinião do leitor Zé no Facebook
«Muito bom. Para quem não sabe o que são os "sentimentos serranos" este livro fica a ribombar na mente por muito tempo.
Quem, como eu, é um serrano então a "cegueira" abre um novo olhar ao leitor pelos encantos da cidade. Mas sempre a ouvir o tambor a ecoar nos vales.
Uma boa oferta de Natal.»
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
Bonita opinião da leitora Andreia, no blogue "Entre Margens"
https://andreiapmorais.blogspot.com/2023/11/alma-lusitana-deste-silencio-em-mim-rui.html
Andreia Morais escreveu:
«Quantos silêncios e quantos sonhos cabem no peito de um homem?»
Gatilhos: Morte, Luto, Suicídio
O silêncio é uma linguagem com imensas camadas. Naquilo que não é dito, podem ser criadas feridas, ausências, dores e distância; pode florescer desentendimento e interpretações ambíguas. No livro de Rui Conceição Silva, estas noções são todas exploradas, porque todos nós temos muitos silêncios a embalar-nos.
SOLIDÃO EM TODOS OS LUGARES
O ritmo desta narrativa é mais lento, como se nos convidasse a parar, a desfrutar da pacatez da aldeia e da beleza mundana dos dias. Embora seja grande o contraste, porque nos parece que há falta de ambição, é importante compreender o contexto e acho que a forma como a narrativa está estruturada nos leva a isso, porque nada é apressado, porque, de repente, é como se estivéssemos na Sobreira dos Montes, a vivenciar as dificuldades daquelas pessoas e a necessidade constante de fazer pela vida; onde os sonhos são silenciados, porque é preciso pôr comida na mesa.
«E quisemos tanto o seu abraço. Um abraço sentido e redentor»
«Ciente desse amor, fui-me mentalizando de que a última canção nunca pode ser de saudade»
Deste Silêncio em Mim é feito de lendas, de crenças e de amor. Com um retrato intimista, relembra-nos da importância do perdão, das origens e do que é essencial. No fundo, convida-nos a revisitar a criança que fomos e a encontrar a nossa paz. Rodrigo viveu sempre a tentar reencontrar-se, por esse motivo, acho que permanece uma pergunta: mesmo que cesse o som, a comunicação, estaremos em silêncio total?
* Música para acompanhar: Pedra Filosofal, Manuel Freire *
quinta-feira, 9 de novembro de 2023
Bonita opinião da leitora Catarina, no facebook
Catarina Fernandes escreveu:
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Bonita opinião da leitora Ana, no goodreads
Gostei muito da forma como a história está contada. Senti-me próxima de Edmundo, na medida em que compreendi o seu sofrimento. A viagem que teve de realizar para se reencontrar e redefinir foi intensa e cativante.
No início a leitura arrasta-se um pouco, mas depois de ganhar ritmo, dificilmente se consegue parar.
quarta-feira, 17 de maio de 2023
Bonita opinião da leitora Mónica, no goodreads e no instagram
Mónica Mil-Homens escreveu, no seu blogue http://bibliotecamil.wordpress.com/2023/05/17/opinioes-abril-2023:
quinta-feira, 20 de abril de 2023
Bonita opinião da leitora Margarida, no goodreads e no instagram
Margarida Galante escreveu:
Mas Rodrigo sonhava com uma vida diferente, queria conhecer outras realidades, e era incentivado pelo avô. A morte do seu avô vai impeli-lo a trocar o silêncio da montanha pelo bulício da cidade grande, fugindo de casa e não voltando a dar notícias à sua família.
Mas afinal, o silêncio e a solidão que existem na montanha também existem na cidade repleta de gente e luzes.
Esta é uma história bonita mas triste e cheia de sofrimento. Retrata muito bem a realidade rural de Portugal nos anos anteriores ao 25 de Abril, a pobreza e as dificuldades da vida no campo, mas também a solidão e os sacrifícios daqueles que iam procurar melhores condições nas cidades. É também uma história sobre os laços que nos ligam aos outros, o amor, a amizade, a família, sobre o luto e a dor do arrependimento.
Uma escrita poética, melancólica e sensível, que gostei de saborear devagar e que me comoveu. Uma história com personagens que não vou esquecer e que me fizeram recordar histórias dos meus avós e da infância dos meus pais.
terça-feira, 18 de abril de 2023
Opinião da leitora Fátima, no goodreads
Fátima Linhares escreveu:
Apesar de esta minha opinião não ser muito entusiasmante, este livro está bem escrito, tem uma edição cuidada e a Visgarolho é um projeto a que acho que vale a pena dar uma oportunidade. Se gostarem de livros mais introspetivos, com uma ação lenta, com uma vida menos citadina, em que a natureza é rainha, penso que esta obra é uma boa aposta.
sexta-feira, 7 de abril de 2023
Bonita opinião do leitor Paulo, no goodreads e no instagram
Paulo Rodrigues escreveu:
sexta-feira, 31 de março de 2023
Bonita opinião de Mezinha Livros, no instagram
Salomé Pacheco escreveu: